Quarto EP da coletânea Viola Paulista traz tocadores do noroeste do estado

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ViolaPaulista2 singles 2 | Planeta Country

Nomes consagrados do instrumento como Enúbio Queiroz, Juliana Andrade, Fábio Miranda e Márcio Freitas, representantes de São José do Rio Preto e região, capital e Grande São Paulo, estão no quarto EP do álbum, volume dois, que traça um mapeamento do instrumento no estado de São Paulo e que chega às plataformas digitais no dia 10 de março, incluindo no Sesc Digital

 

Há três semanas, o Selo Sesc deu início ao lançamento paulatino do álbum Viola Paulista – Volume 2, que reúne 20 violeiros e violeiras que já têm uma carreira consolidada junto ao público e à cena musical. A curadoria e direção musical é do professor, músico e compositor Ivan Vilela, reconhecido como um dos principais pesquisadores de cultura popular e da viola caipira no país.

Com 20 faixas ao todo, a segunda coletânea foi dividida em cinco EPs (sigla de extended play em inglês), cada um com a participação de quatro tocadores que dão voz a diferentes sotaques do instrumento no estado. Agora, o quarto EP traz importantes músicos das regiões de São José do Rio Preto e Grande São Paulo, e chega aos principais serviços de streaming no dia 10 de março, incluindo na plataforma Sesc Digital, que oferece o conteúdo de graça e sem necessidade de cadastro. Para ouvir, acesse aqui .

Ainda adolescente, Juliana Andrade fez sua primeira apresentação no palco do programa da saudosa Inezita Barroso (1925-2015) e logo revelou o seu talento ao grande público. Na companhia dos músicos Cleiton Torres (violão), Miller (violão) e Adevilson Ribeiro (contrabaixo), Juliana (viola) interpreta a instrumental “Ciumento”, uma composição autoral com sabor de choro paulista. Nascida na capital paulista, Juliana mora em São José do Rio Preto.

Fernando Caselato FotoPaulaRocha 5 | Planeta Country
 
Outro representante do noroeste do estado é o músico Enúbio Queiroz, que sempre foi uma referência aos tocadores da música caipira de Rio Preto e região: sua loja de instrumentos musicais é um dos pontos de encontro dessa turma. Em Viola Paulista – Volume 2, Enúbio intercala a viola com o violão para interpretar sua composição instrumental “Visões do Nordeste”.

Natural de Brasília (DF) e radicado em São Paulo, capital, o violeiro Fábio Miranda traz uma composição ligada ao universo do cancioneiro brasileiro. Junto aos músicos Mariana Brandão (violoncelo) e Bruno Menegatti (rabeca), Fábio (viola e viola fretless) toca e canta em “Viola encantada”, uma cantiga com ares de música caipira paulistana. Com mestrado na área de educação musical, Fábio trabalha os processos livres de criação utilizando a viola e ministra oficinas nas periferias de São Paulo.

Dono de uma viola vigorosa, de toque bonito e criativo, Márcio Freitas gravou “Estouro da boiada”. Uma composição autoral de sonoridade diferenciada, toques rápidos, muitos galopes e que carrega um pouco da cultura nordestina, também muito presente no entorno da Grade São Paulo. Filho caçula de uma família vinda do interior de Minas Gerais cujas referências são os avôs e tios violeiros, Márcio nasceu em São Paulo e atualmente vive em São Bernardo do Campo, cidade da região metropolitana.

A série Viola Paulista traça um mapa etnográfico do uso do instrumento no estado de São Paulo, celeiro de grandes músicos, compositores e de inúmeras orquestras de viola caipira. O projeto começou em 2018 com o lançamento da primeira edição de Viola Paulista (Selo Sesc), que apresentou ao público as múltiplas sonoridades deste instrumento, seja em faixas instrumentais ou cantadas, com artistas e grupos muito diversos, mas que têm em comum a paixão pela história e pelo som da viola. Para este segundo volume, Vilela selecionou músicos que abrangem todo o território do estado. São tocadores das regiões de Avaré, Bauru, Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Sorocaba.

Repertório EP 4

VISÕES DO NORDESTE (Enúbio Queiroz)
Músico: Enubio Queiroz (viola e violão)
Afinação: Cebolão em ré

CIUMENTO (Juliana Andrade/Divino)
Músicos: Juliana Andrade (viola), Cleiton Torres (violão), Miller (violão) e Adevilson Ribeiro (contrabaixo)
Afinação: Cebolão em mi

VIOLA ENCANTADA (Adalberto Rabelo Filho, Fábio Miranda e Marcelo Moura)
Músicos: Fábio Miranda (viola e viola fretless), Mariana Brandão (cello) e Bruno Menegatti (rabeca)
Afinação: Cebolão em ré e cebolão em dó (viola fretless)

ESTOURO DE BOIADA (Márcio Freitas)
Músico: Márcio Freitas (viola)
Afinação: Cebolão em mi

+ Viola Paulista

Volume II

Retrato dos violeiros e violeiras profissionais com carreiras artísticas consolidadas, com discos gravados e de um público cativo que acompanham os seus trabalhos. A lista dos artistas que compõem esta segunda coletânea é bem diversificada e vai de Enúbio Queiroz e Zeca Collares, ao multi-instrumentista Neymar Dias, que também transita no repertório clássico e transcreveu parte da obra original de Bach (1685-1750) para a viola caipira, só para citar alguns exemplos. Destaque também para a presença de duas violeiras, Adriana Farias e Juliana Andrade, representantes de um crescente protagonismo feminino no mundo da viola. Os EPs 1 e 2 já estão disponíveis na internet, com gravações de Adriana Farias, Arnaldo Freitas, da dupla Cláudio Lacerda e Rodrigo Zanc e de Levi Ramiro, músicos de Bauru e região; e de Fernando Caselato, João Arruda, João Paulo Amaral e Zé Helder, tocadores das regiões de Campinas e Piracicaba.

Próximo e último lançamento

17 de março
EP 5 com Lauri da Viola, Wilson Teixeira, Neymar Dias e Júlio Santin

Volume I

Com 19 faixas, a primeira coletânea, lançada em junho de 2018, traz o retrato artístico de violeiros de diferentes regiões do estado. Mescla jovens músicos que são as novas apostas do instrumento e outros de carreira estabelecida, mas que não obtiveram até aqui o devido reconhecimento pelos seus trabalhos. O repertório mostra a diversidade do instrumento, com gravações autênticas de obras mais ligadas ao universo da música caipira, chegando até a música contemporânea composta para viola. Participaram os violeiros Bob Vieira, Bruno Sanches, Fabíola Mirella e Sérgio Penna, Gil Fererich, Jackson Ricarte, Leandro de Abreu, Moreno Overá, Neto Stéfani, Osni Ribeiro, Reinaldo Toledo, Renato Gagliardi, Ricardo Matsuda e Patricia Gatti, Ronaldo Sabino, Rodrigo Nali e Rafael Schimidt, Vinícius Alves, Zé Guerreiro Quarteto, José Gustavo Julião, Trio Tamoyo e Zé Márcio.

Ficha técnica: Viola Paulista – Volume II

Curadoria e direção musical: Ivan Vilela
Produção executiva: Paula Rocha e Caio Csermak – Arueira Expressões Brasileiras
Gravação: Maurício Cajueiro
Mixagem: Ivan Vilela e Maurício Cajueiro
Masterização: Homero Lotito
Assistente de gravação: Pedro Henrique Florio
Estúdio: Cajueiro Áudio (Campinas, SP)
Fotografia e vídeo: Paula Rocha e Caio Csermak

Ivan Vilela – curador e diretor musical

A história de Ivan Vilela com a música começou aos 11 anos de idade, quando o pai lhe presenteou com um violão. Músico e pesquisador, é doutor em Psicologia Social (USP), Mestre em Composição Musical (UNICAMP), e professor na Faculdade de Música da Universidade de São Paulo (USP), onde leciona História da Música Popular Brasileira, Viola Brasileira, Rítmica e Percepção Musical. Desde 2018 é pesquisador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) da Universidade de Aveiro, Portugal. Durante os estudos no curso de Composição Musical, Ivan Vilela desenvolveu uma crescente identificação com a cultura popular e a viola caipira. Com seus trabalhos de composição e interpretação foi indicado a importantes prêmios da música brasileira. Desde 1996 o músico faz apresentações no exterior, tendo tocado em países como Alemanha, França, Portugal, Itália, Inglaterra e Espanha. Lançou mais de uma dezena de álbuns, dentre eles, o CD “Dez Cordas”, em que primeiro utiliza a técnica de mão direita inovadora que criou para tocar individualmente todas as dez cordas da viola. É autor do livro Cantando a Própria História – Música Caipira e Enraizamento (Edusp, 2013).

SOBRE OS MÚSICOS DO EP 4 – VIOLA PAULISTA II

Enúbio Queiroz

Natural de Iturama (MG), Enúbio Divino de Queiroz foi criado na roça e começou a tocar profissionalmente acompanhando conjuntos de forró no interior mineiro. Formou-se em violão pelo Conservatório Renato Fratesh, de Uberaba (MG), e estudou no Conservatório Carlos Gomes, em São José do Rio Preto (SP), cidade em que se radicou. No período de 1980 a 1984, fez parte da dupla Economista & Contador, lançando dois LPs. Depois, foram mais de dez álbuns solo e quatro livros.

Juliana Andrade

Juliana Dias Soares de Andrade nasceu em São Paulo e radicou-se em São José do Rio Preto (SP). Começou a tocar viola aos 13 anos sob influência de seu pai. Em 1993, apresentou-se pela primeira vez no programa Viola, Minha Viola, de Inezita Barroso, que se tornaria a sua madrinha musical. Em 2000, lançou o seu primeiro álbum solo, “A Viola da Princesa”, aos quais se seguiram diversos outros como “Sonho Lindo”, “Violeira do Universo”, “Amor e Viola” e “Reencontro”.

Fábio Miranda

Fábio de Souza Miranda se formou em viola pela Escola de Música de Brasília (DF), graduou-se em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília e fez mestrado em Educação Musical na Universidade de São Paulo. Como violeiro lançou dois álbuns autorais: “Caravana Solidão” e “Chamamento”. Integra a Orquestra Filarmônica de Violas de Campinas (SP). Como produtor, integra a rede de violeiros que organizam o Violada: Circuito Autoral das Violas Brasileiras, tendo sido o seu idealizador. Criou o personagem Maestro Sabiá.

Márcio Freitas

Márcio Erculano de Freitas nasceu em São Paulo, sendo o caçula de uma família vinda do interior de Minas Gerais, na qual teve como referências os avôs e tios violeiros. Aos 22 anos começou a tocar viola profissionalmente, dando aulas e acompanhando diversas duplas sertanejas em estúdio. Entre CDs solo e com a dupla Márcio Freitas e Luciano, foram oito álbuns lançados. Por dois anos consecutivos, 2004 e 2005, foi um dos finalistas do Prêmio Syngenta de Música Instrumental de Viola.

SELO SESC

Criado há 16 anos, o Selo Sesc tem o objetivo de registrar a amplitude da produção artística brasileira construindo um acervo pontuado por obras de variados estilos, épocas e linguagens. Recentemente, foi lançado no mercado digital os álbuns: Sessões Selo Sesc #6: Rakta + Deafkids, Sessões Selo Sesc #7: João Donato + Projeto Coisa Fina, Sessões Selo Sesc #8: Toada Improvisada – Jackson do Pandeiro 100 anos e Sessões Selo Sesc #9: …And You Will Know Us By Trail Of. O CD-livro São Paulo: paisagens sonoras (1830-1880) da pesquisadora e cantora Anna Maria Kieffer; o DVD Exército dos Metais, da série O Som da Orquestra, O Romantismo de Henrique Oswald (José Eduardo Martins e Paul Klinck); os CDs físico e digitais Dança do Tempo (Teco Cardoso, Swami Jr. e BB Kramer), Espelho (Cristovão Bastos e Maury Buchala), Eduardo Gudin e Léla Simões, Recuerdos (Tetê Espíndola, Alzira Espíndola e Ney Matogrosso), Música Para Cordas (André Mehmari), Estradar (Verlucia Nogueira e Tiago Fusco), Tia Amélia Para Sempre (Hercules Gomes), Gbó (Sapopemba), Acorda Amor (Letrux, Liniker, Luedji Luna, Maria Gadú e Xênia França), Copacabana – um mergulho nos amores fracassados (Zuza Homem de Mello), Tio Gê – O Samba Paulista de Geraldo Filme (vários artistas) e os álbuns digitais Mar Anterior (Grupo ANIMA), Olorum (Mateus Aleluia), Nana, Tom, Vinicius (Nana Caymmi), Jardim Noturno – Canções e Obras para Piano de Claudio Santoro (Paulo Szot & Nahim Marun), 7 Caminos (Emiliano Castro), São Paulo Futuro – A Música de Marcello Tupynambá (Vários Artistas), Cantos da Natureza (Pau Brasil), O Fim da Canção (Luiz Tatit, Zé Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski), Sessões Selo Sesc #10: Carne Doce, Sessões Selo Sesc 11: Orquestra Sinfônica de Santo André + Hamilton de Holanda, Claudio Santoro – Obra completa para violino e piano (Alessandro Santoro e Emmanuelle Baldini) e O Anel – Alaíde Costa canta José Miguel Wisnik (Alaíde Costa)

+ SESC DIGITAL

A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Saiba +

+ SESC SÃO PAULO

Com 74 anos de atuação no estado e 40 unidades operacionais, o Sesc São Paulo (Serviço Social do Comércio) desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nos âmbitos da cultura, esporte, saúde, alimentação, desenvolvimento infanto-juvenil, idosos, turismo social, entre outras frentes de ação. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas.

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