O pe\u00e3o de rodeio, como o nome mesmo diz: Pe\u00e3o, geralmente vem de uma propriedade rural, fazenda, da ro\u00e7a, de uma cidadezinha do interior onde se respira a ruralidade.<\/h4>\n

N\u00e3o \u00e9 uma regra, por\u00e9m, as semelhan\u00e7as em cada hist\u00f3ria, nos d\u00e1 esse feedback, que a maioria dos competidores veem do campo, diferente de outros esportes, o rodeio tem uma liga\u00e7\u00e3o muito forte com esse ambiente rural.<\/h4>\n

Por\u00e9m, n\u00e3o h\u00e1 regras para que seja sempre assim, ou melhor ainda, tudo aquilo que parece regra, tem sua exce\u00e7\u00e3o.<\/h4>\n

Diego Galdino, hoje com 29 anos de idade, nasceu em V\u00e1rzea Paulista (SP), em uma favela. Filho de fam\u00edlia simples, ele teve sua inf\u00e2ncia ao redor de tudo que uma favela oferece, de coisas boas, at\u00e9 coisas n\u00e3o muito legais.<\/h4>\n

E ali cresceu, viveu sua inf\u00e2ncia. Um amigo, Paulo \u201ccadela\u201d, arrumou em espa\u00e7o onde cuidada de alguns cavalos, logo o local foi invadido por crian\u00e7as que o rodeavam, entre eles, estavam Diego Galdino<\/h4>\n

\u201cAl\u00e9m dos cavalos, tinha uns bezerros, e todos os garotos, viviam l\u00e1 atr\u00e1s deles, uns montavam, outros n\u00e3o, at\u00e9 me ajeitaram um bezerro, para montar e eu ca\u00ed, o bezerro tinha o nome de \u201cCom\u00e9dia\u201d e ali desisti, desse tipo de brincadeira\u201d Lembra \u201cAt\u00e9 que teve um bol\u00e3o, para crian\u00e7as, que custava UM REAL e o campe\u00e3o ganhava um bon\u00e9. Pode parecer comum para todos, mas um BON\u00c9 para n\u00f3s, que t\u00ednhamos uma vida simples era algo muito valioso, ent\u00e3o me encorajei para montar novamente e fui campe\u00e3o do bol\u00e3o, torneio e ganhei o bon\u00e9, ali, despertou em mim a vontade de querer ir atr\u00e1s de montarias\u201d<\/h4>\n

\u201cCom o tempo, fui arrumando lugares para treinar, at\u00e9 conhecer o Charlie Brown, um salva-vidas, ele me apresentou para outras pessoas\u201d lembra \u201cLogo conseguimos um s\u00edtio em Cajamar para treinamento, e em seguida soube de um curso de montarias com Paulo Crimber\u201d<\/h4>\n

Seu primeiro rodeio profissional foi em Itapevi, interior de S\u00e3o Paulo, onde foi quinto lugar, j\u00e1 na sua estreia<\/h4>\n

\u201cFoi muito emocionante voc\u00ea conseguir estar no lugar onde voc\u00ea sempre lutou e j\u00e1 ir bem\u201d Relembra \u201cLembro que ap\u00f3s o curso foi me abrindo portas, para que eu, ir para outros rodeios e campeonatos, depois mudei para Mira Estrela, no interior de S\u00e3o Paulo.<\/h4>\n

\u201cAli no curso, muitos caminhos se abriram, era 2012 essa \u00e9poca, ingressei na PBR Brasil, onde fui campe\u00e3o em Campo Alegre de Goi\u00e1s\u201d Lembra \u201cVenci outros rodeios, disputei outros campeonatos, tive uma hist\u00f3ria nesse esporte, algo dif\u00edcil de construir, e principalmente, fui para longe de todos os riscos que a favela poderia me oferecer\u201d<\/h4>\n

\u201cDaquelas crian\u00e7as, que brincavam l\u00e1, alguns n\u00e3o est\u00e3o mais vivos, outros presos, outros seguiram outros caminhos n\u00e3o muito legais\u201d Explica \u201cEnt\u00e3o o rodeio al\u00e9m de toda adrenalina, viagens, amigos, me ajudou a trilhar um caminho longe de onde eu nasci e teria uma chance muito grande de n\u00e3o ter um futuro infeliz\u201d <\/h4>\n

\u201cSempre me inspirei em pessoas que tiveram uma boa trajet\u00f3ria como Paulo Crimber, Adriano Moares, Robson Palermo, entre outros caras, ent\u00e3o ter o direito de ter um futuro pelo menos de luta, foi algo que acrescentou muito na minha vida\u201d Finaliza<\/h4>\n

Al\u00e9m do t\u00edtulo no Goi\u00e1s, Diego foi campe\u00e3o em J\u00falio Mesquita (SP), Tocos de Mogi (MG), Muzambinho (MG) e finalista em dezenas de rodeios.<\/h4>\n

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Por Eug\u00eanio Jos\u00e9 \u2013 MTB: 67.231\/SP<\/h4>\n

contato@eugeniojose.com.br<\/a><\/h4>\n

Foto: Arquivo Pessoal \/ divulga\u00e7\u00e3o \/ Andr\u00e9 Silva<\/h4>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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