Mari Fernandez e Jorge & Mateus entram na onda e stalkear o ex: entenda essa tendência da música

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Dados dos principais aplicativos de música do país apontam que cada vez mais letras retratam o tema
 

Separação sempre foi tema de letras de música. No passado, antes das redes sociais, um rompimento podia fazer com que o ex-casal perdesse de vez o contato um com o outro. A angústia de não saber o paradeiro do/a ex era cantada em versos como “Se você encontrar o meu amor/ Diga, por favor, que ando cheio de saudade”. Mas as redes sociais mudaram muito a dinâmica dos términos, principalmente com a popularização dos “Stories”, tipo de conteúdo imediato e que permite saber por quem foi visualizado. A mudança se reflete, claro, na música popular: versos sobre espionar as publicações de um ex, e sobre ser espionado, são cada vez mais recorrentes entre as canções mais tocadas no aplicativo Lark Player.

A música “Para de Me Assistir”, de Mari Fernandez, traz um recadinho a alguém do passado: “Não vou te bloquear nem te silenciar/ Vou te matar na unha/ Engole o teu ciúme aí tomando uma/ Ex não tem direito de p*rra nenhuma/ Se não aguenta me ver tocando o terror/ E o meu beijo dando voltas por aí/ Para de me assistir/ Deixa de me seguir.” Já a letra de “Molhando o Volante”, de Jorge & Mateus, mostra alguém que está de olho as publicações muito animadas de uma ex nas redes, ao ponto de fazer conjecturas sobre o que há por trás daquilo: “Atrás do Stories cê tá molhando o volante/ Chorando bastante”.

A audiência se identifica com as situações descritas nas letras das canções: o vídeo oficial da canção de Jorge & Mateus tem quase 120 milhões de visualizações no YouTube; no caso de Mari Fernandez, já são mais de 30 milhões.


 

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Mas afinal, o que nos leva a checar as publicações de um/a ex recente? A psicanalista, pesquisadora e professora universitária Ana Suy, que lançou recentemente o livro A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão (Paidós), explica que os motivos estão nas fantasias da mente de cada um: “De modo geral, um relacionamento não termina assim que duas pessoas deixam de se encontrar ou de se falar. Cada pessoa com quem nos relacionamos ocupa também uma fantasia para nós. Podemos deixar de falar com essa pessoa ou de encontrar com essa pessoa, mas em nossa fantasia ainda seguirmos nos relacionando com ela. As redes sociais tendem a dar ainda mais consistência a essas fantasias, uma vez que permitem que haja uma continuidade de interações que podem ir até muito longe”.
 

Pode parecer masoquismo que uma pessoa que está sofrendo com o fim de um relacionamento fique espionando o/a ex nas redes. Mas há uma explicação para esse gosto pela sofrência, segundo a psicanalista: “Em nosso psiquismo, prazer e desprazer nem sempre andam tão separados assim. Então, a ‘sofrência’ tem a ver com isso, com achar certo tipo de satisfação (mas não de prazer) no sofrimento. Quanto mais tomados ficamos por isso, mais difícil fica de seguir a vida”.
 

Em “Novas Publicações”, Unha Pintada derrama sofrência ao cantar sobre alguém que tenta dar um basta no vício da espionagem: “Não quero te odiar vendo suas novas publicações/ Ainda não te superei/ E virtualmente eu te bloqueei/ Sou imaturo demais pra seguir você”. Na letra, o eu-lírico vê um sinal de imaturidade de sua parte na decisão de bloquear. Mas não seria melhor bloquear, quando a dor da separação ainda é forte? “Depende”, diz Ana Suy. “A gente tende a procurar fórmulas prontas e manual de instruções. Nosso mundo está cheio disso, o que é bem danoso, porque cada um é uma pessoa com uma história única e ninguém além de nós mesmos pode dizer o que é melhor.”
 

Num momento de tanta fragilidade como costuma ser o período que se segue a um rompimento, não há fórmulas fáceis. Por isso, a decisão de bloquear o/a ex nas redes, ou prometer que não vai mais espioná-lo/a, nem sempre ajuda: o mais provável é que a pessoa não consiga seguir uma medida tão drástica por muito tempo, e então sofra mais ainda por sentir que “fraquejou”. Segundo Ana Suy, “Por mais que uma pessoa saiba conscientemente o que seria melhor que ela fizesse, por vezes, não o faz. Além da pessoa não conseguir se desprender do sofrimento, ainda sofre porque pensa que sabe o que deveria fazer, mas não consegue mesmo assim”.É a situação retratada na música “La Bachata”, do colombiano Manuel Turizo, atualmente entre as 3 mais executadas no aplicativo Lark Player na Colômbia. Na letra, bem típica de “despecho” (a “sofrência” em espanhol), o eu-lírico chega a bloquear a ex, mas admite uma tática para continuar a espionagem: “Te bloqueé en Insta, pero por otra cuenta veo tus historias” (“Te bloqueei no Insta, mas por outra conta vejo teus Stories”). O sucesso desta canção, que está entre as mais tocadas globalmente no Spotify, mostra que a sofrência nas redes está longe de ser coisa apenas de brasileiro.
 

A solução duradoura para parar de monitorar um/a ex é se conectar consigo mesmo e descobrir o porquê do ímpeto irresistível da espionagem, conforme explica Ana Suy: “Cada um tem motivações inconscientes que lhes são desconhecidas. Vale se desprender desses imperativos do que fazer e se conectar consigo mesmo, com sua história. Muitas vezes um processo analítico pode ajudar”.
 

No fim das contas, sofrer por amor sempre foi um tema forte na música popular, desde antes da existência das redes, porque o público se identifica com os relatos de amores sofridos. Ana Suy avalia: “A gente ama o amor, mas ama mal. Por isso sofre. Então, tendemos a juntar amor com sofrimento como se fossem uma coisa só. É verdade que às vezes são mesmo, porque amar é se deixar afetar pelo outro e a consequência disso é sofrer com o outro e pelo outro, muitas vezes. Mas tantas outras vezes o amor não precisaria vir tão colado com o sofrimento”, reflete a psicanalista.
 

Resumindo, o amor não precisa ser uma dor, conforme explica Ana Suy: “Ficamos fascinados pela rima que a música popular faz de ‘dor’ com ‘amor’ por identificação. Mas a experiência amorosa que encontra alegria nos convida a sermos mais criativos, a encontrarmos outras rimas para o amor.”


Mais sobre o Lark Player
 

O Lark Player é um multimedia player gratuito que oferece uma experiência áudio visual perfeita e tem rapidamente se tornado um dos aplicativos mais populares em mercados emergentes como a América Latina. Com efeitos equalizadores múltiplos, o Lark Player é compatível com vários formatos de música e de vídeo e suporta fundos de tela dinâmicos, trazendo aos usuários uma excelente experiência musical em seus celulares, com uma uma interface simples e de operação bastante fácil.
 

De acordo com o data.ai, o Lark Player foi o terceiro aplicativo mais baixado no Brasil na categoria música/áudio em 2021. Com mais de 300 milhões de downloads na Google Play, o Lark Player é o aplicativo de música mais baixado em mais de 20 países.
 

O Lark Player foi desenvolvido pela Mobiuspace, que está presente em mais de 100 mercados ao redor do mundo e tem mais de 200 milhões de usuários ativos mensais globalmente.

Lark Player – Tendências Musicais

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