Eduardo Menezes e Magnolia, égua de criação na nacional, já fizeram cinco percursos sem faltas em duas semanas e se preparam para se juntar ao grupo em observação para formação do Time Brasil de Salto nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Sábado, 4/7, Eduardo e Luiz Francisco de Azevedo disputam o GP.
Deu Brasil nessa quinta-feira, 2/7, no Concurso de Internacional 3* no Tryon International Equestrian Center, na Carolina do Norte (EUA). Eduardo Menezes, integrante do Time Brasil ouro no Pan Lima 2019, com Magnolia Mystic Rose garantiu a vitória na prova de boas-vindas FEI, a 1.50 metro. Dos 54 inscritos, nove habilitaram-se ao desempate. Com mais um percurso sem faltas a ótima marca de 35s115, Eduardo com Magnolia Mystic Rose, égua de criação nacional de 11 anos de propriedade do Haras Rosa Mystica, garantiu a vitória.
A 2ª e 3ª colocação foi das tops norte-americanas Jenni McCallister com Escaada VS e Bezzie Madden montando Chic Hn D Hyrencourt,que zeraram em 6s743 e 38s674. A disputa distribuiu U$ 37 mil em premiação. Também pelas cores do Brasil, Eduardo com H5 Elvaro e Luiz Francisco de Azevedo, o Chiquinho, com My Way, fecharam a 1ª volta com apenas um derrube.
Ao todo, Magnolia e Eduardo Menezes já fizeram cinco percursos sem faltas em Tryon: dois na semana passada sem se preocupar com o tempo limite, na 1ª volta da prova a 1.45 metro em 1/7, e hoje a vitória com mais duas apresentações sem derrubes. A destacar que, na prova 1.45m em 1/7, Eduardo chegou em 2º lugar com Enebell, uma de suas outras montarias.
O principal desafio dos brasileiros na competição em Tryon nessa semana é o GP, a 1.50m, dotado em U$ 137 mil, que acontece no sábado, 4/7, principal disputa do evento no local sede dos Jogos Equestres Mundiais 2018. As três semanas da retomada de concursos em Tryon vêm acontecendo sem a presença de público, priorizando o isolamento social devido a pandemia da Covid-19.
Depois da temporada em Tryon, Magnolia Mystic Rose deve embarcar para a Europa visando disputar temporada de concursos observatórios para formação do Time Brasil de Salto nos Jogos Olímpicos de Tóquio, postergados para o ano que vem.
Para Nilson Leite, titular do Haras Mystica, que contou com dois produtos saltando em Lima 2019: Magnólia Mystica Rose, então conduzida por Juan Andres Rodriguez Silva, da Guatemala, e Zambia Mystic Rose, montada pela equatoriano Diego Javier Vivero Viteri, é um orgulho ver os produtos de criação nacional em pistas internacionais. As éguas formadas no Brasil eram as únicas da raça BH nos Jogos.
“Medalhas são um capital social que podem trazer benefícios para o país. Acho que a participação das minhas éguas em Lima (embora saltando por outros países) inspira outros proprietários e criadores a investir em cavaleiros. Estamos felizes com a retomada dos concursos hípicos.
Quero fazer um bom planejamento com meus cavalos e torcer por uma seletiva disputada que selecione os melhores conjuntos rumo aos Jogos Olímpicos e a raça Brasileiro de Hipismo está no jogo”, garante Nilson. Na Europa, Nilson também conta com Zambia Mystic Rose que desde o início de 2020 passou a ser montada pelo cavaleiro pan-americano Felipe Amaral. Ao todo cerca de 20 conjuntos (cavalo x cavaleiro) estão na corrida por uma vaga na Olimpíada de Tóquio.
Informações e pautas especiais:
Carola May
Rute Araujo
